A Polícia Civil prorrogou o inquérito que investiga as mortes de Bruno, 29 anos, e Yan Barros, 19, tio e sobrinho. No dia 26 de abril, eles foram detidos no mercado Atakarejo suspeitos de furtar quatro pacotes de carne e depois foram entregues a traficantes do bairro do Nordeste de Amaralina, onde está situado o mercado. Os corpos foram encontrados horas depois na mala de um carro na Rua da Polêmica, em Brotas.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou, por meio de nota, que o inquérito foi prorrogado para coleta de novos dados e as prisões temporárias efetuadas ainda estão dentro do prazo. Oito pessoas foram presas e mais de 30 já foram ouvidas. Ainda conforme a nota, mais detalhes não estão sendo divulgados, para não prejudicar a investigação.
A delegada Andrea Ribeiro disse em coletiva no último dia 10 haver fortes indícios da ligação da gerência dos seguranças com traficantes do bairro. Três seguranças e cinco suspeitos de tráfico foram presos. Um funcionário do Atakarejo encontra-se foragido e, segundo seu advogado, ele é um fiscal de prevenção de perdas e só pode ser enquadrado na condição de testemunha do caso e não como envolvido no crime.
A Polícia Civil ainda apura uma ligação da rede Atakarejo com os traficantes suspeitos de torturar e matar tio e sobrinho.
Em nota, a rede Atakadão Atakarejo inormou que continua colaborando com as autoridades.
Veja a integra da nota:
“Passados 30 dias do lamentável fato ocorrido na loja do bairro do Nordeste de Amaralina, a empresa continua colaborando com as autoridades competentes, deixando claro mais uma vez que deseja que a verdade e que o caso policial sejam rapidamente esclarecidos. A empresa reitera que nunca tolerou e jamais irá tolerar qualquer tipo de violência e que ao longo dos seus 26 anos de dedicação aos baianos, sempre procurou seguir com máximo rigor o seu código de ética e conduta.
Quanto à questão do racismo estrutural, que condenamos veementemente, providências práticas estão em curso e serão apresentadas brevemente à sociedade. Por fim, a empresa reafirma que o que aconteceu foi um ato condenável e inadmissível. Mais uma vez, manifestamos total solidariedade às famílias das vítimas”.